Nosso objetivo é refletir sobre a função da avaliação na escola contemporânea. Para tanto, é imprescindível repensar a concepção pedagogica da escola neste inicio de seculo que a reflexão desencadeada por essa questão possibilita pensar nos fatores que constituem a imagem do docente e buscar a definição do seu papel na instituição escolar e sociedade.
No campo da educação talvez um dos temas mais estudados e discutidos nos últimos vinte anos seja o da avaliação. Muitas das queixas dos professores sobre o fracasso escolar, evasão e encaminhamentos a especialistas sobre dificuldades de aprendizagem nos remetem a condutas avaliativas equivocadas e desinformadas sobre as teorias do desenvolvimento cognitivo. Em contrapartida não podemos afirmar que o professor não pesquisa e busca constantemente resolver seus conflitos amparados pela sua formação continuada e nessas, constantemente são convidados a repensar seus papéis nos diferentes âmbitos de atuação: familiar, profissional e social. Nesse contexto de grandes mudanças discute-se, dentre outras questões, a função do professor. E sua pedagogia que coloca em contradição o aprendizado oferecido a ele aluno do século passado com a sua prática de docente nos dias atuais.Historicamente sabemos que a escola se moldava numa estrutura piramidal onde a base escola era proposta a todos, mas o acesso a graduação universitaria a pouquíssimos e cabia a esta escola ir classificando e selecionando por exclusão o aluno “alpinista” até chegar ao enfrentamento do vestibular ponto máximo da classificação, o” everest” de poucos privilegiados. Na atual conjuntura o modelo cubico nos parece atender a demanda social, onde queremos que todos os alunos ingressantes na escola mantenha-se participartivo na sociedade por toda sua vida pesquisando, aprimorando, se desenvolvendo e portanto aprendendo a viver .Atualmente algumas perguntas norteiam as discussões sobre essa tematica; O que devemos avaliar? Avaliamos a prática dos alunos ou dos professores? Avaliamos a aquisição dos conteúdos ou sua fixação? Os conteúdos são importantes ou são instrumentos de desenvolvimento cognitivo? Para que clássificar ? Podemos avaliar sem classificar? E muitas outras. No século passado a prática educativa se pautava por uma Pedagogia do Exame, ou seja, uso da avaliação da aprendizagem como disciplinamento social dos alunos. A utilização das provas como ameaça aos alunos, sob a égide do medo. Os Professores ainda Dogmados por Comenius “o medo é excelente fator para manter a atenção dos alunos. O professor pode e deve usar esse excelente meio para manter os alunos atentos as atividades escolares (Séc. XVII)”. Medo e Avaliação: Qual a relação? Segundo Durkheim, O medo é um fator importante no processo de controle social. Internalizado, é um excelente freio as ações que são supostamente indesejáveis. No entanto sabemos que este produz não só uma Personalidade submissa como também hábitos de comportamento físico tenso que conduzem as doenças respiratórias, gástricas, sexuais, etc... O castigo é o instrumento gerador do medo, seja ele explícito ou velado. Hoje não estamos mais usando o castigo físico explícito, porém estamos utilizando um castigo muito mais sutil: o psicológico. A prática avaliativa poderia tanto estimular, promover, gerar avanço e crescimento, quanto desestimular frustrar, impedir o avanço e crescimento do sujeito que aprende. Segundo Cipriano Luckesi, em Avaliação da aprendizagem escolar, a avaliação escolar, assim como as outras práticas do professor, seria dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação, traduzido em prática pedagógica, tenha o professor consciência disto ou não.
domingo, 23 de maio de 2010
QUAL A FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA?
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